terça-feira, 27 de maio de 2008

Combustíveis: Movimentos apelam ao boicote dias 1, 2 e 3

O aumento do preço dos combustíveis está a motivar a organização de dois boicotes ao abastecimento nos postos de revenda nos três primeiros dias de Junho, com o objectivo de diminuir os lucros das empresas.

Um dos apelos ao boicote, que há semanas circula na Internet, pede aos automobilistas para não comprarem gasolina nos postos de combustível da Galp, BP e Repsol nos dias 01, 02 e 03 do próximo mês.
«Vamos fazer a diferença!», «Juntos teremos força para baixar os lucros destes gigantes», diz o texto do pedido de boicote referindo-se às três empresas.
Os autores deste apelo sugerem a utilização de outras marcas, em alternativa àquelas três.
A ex-candidata presidencial Manuela Magno é autora de um outro boicote, mas total, apelando que nos três primeiros dias de Junho não seja feito qualquer abastecimento de combustível, seja qual for o posto.
Este pedido circula na Internet, mas também através de mensagens de telemóvel, disse à Lusa Manuela Magno, envolvida no processo de criação do Partido Respublica e Cidadania.

Manuel Magno explicou à Lusa que o boicote se deverá estender a todos os postos, dado que a quase totalidade é abastecida pela refinaria da Galp.
Na opinião desta activista «seria já muito importante e muito significativo» se as quebras nas vendas de combustíveis rondassem em média os 50 por cento por dia.
«Há razões para [as pessoas] aderirem massivamente ao protesto. É inaceitável que não haja uma explicação cabal que justifique o elevado preço dos combustíveis nem uma explicação de como se constrói o preço», disse.
A ex-candidata presidencial lamentou que esteja a ser difícil a mobilização de pessoas para a constituição de «piquetes» informativos junto dos postos de combustível.
Diário Digital / Lusa.

Petróleo vai continuar a aumentar !

O petróleo vai continuar a aumentar, sobretudo se a tendência seguida pela economia norte-americana se mantiver, considerou esta segunda-feira o ministro da Energia argelino e actual presidente da OPEP, Chakib Khelil, em declarações à rádio nacional espanhola.
«Vamos assistir a um aumento dos preços», em particular se a situação económica nos Estados Unidos se mantiver, com o dólar a continuar a desvalorizar-se, declarou Khelil numa entrevista.

As cotações do crude iniciaram a semana orientadas em alta nas trocas electrónicas na Europa, mas num volume de transacções muito fraco por ser hoje dia feriado no Reino Unido e nos Estados Unidos.

O mercado do petróleo terminou a sessão sexta-feira acima dos 132 dólares o barril em Nova Iorque, no final de uma semana histórica em que os recordes se sucederam e onde as barras simbólicas dos 130 e depois dos 135 dólares foram ultrapassadas a um ritmo acelerado.

Desde 19 de Maio, as cotações ganharam mais de seis dólares em Nova Iorque e mais de sete dólares em Londres.

O presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo atribuiu a responsabilidade desta subida aos especuladores, às crises geopolíticas e à fraqueza do dólar, todos «factores fora do controlo da OPEP».

«Se a OPEP decide aumentar a produção, (...) por causa da especulação, este aumento não fará verdadeiramente baixar os preços», acrescentou o ministro argelino.